Nesta página vou comentar sobre um dos sintomas mais frequentemente associados à coluna: os problemas associados à musculatura da região lombar.
Sobre esses temas, comentarei as características clínicas, o diagnóstico e os tratamentos.
A dor lombar (lombalgia) é uma das dores mais frequentes em toda a população, sendo uma das maiores causas de procura por atendimento médico.
Antes de falar sobre as principais causas que levam à dor lombar, é importante fazer alguns comentários sobre a anatomia normal e o que esperamos encontrar em um paciente sem alterações.
A coluna lombar possui uma curvatura fisiológica chamada lordose. Ela é composta de 5 vértebras e faz a ligação entre a coluna torácica e o sacro, na bacia. Entre as vértebras, temos os discos intervertebrais, que são responsáveis por absorver o impacto do movimento.
Além da estrutura óssea, ligamentar e dos discos intervertebrais, temos uma participação importante da musculatura.
A musculatura da região lombar é fundamental para a biomecânica da região, sendo a origem de grande parte das dores nas costas.
A coluna lombar constitui a parte mais baixa da nossa coluna, sendo, dessa forma, submetida a uma alta carga de estresse.
Nesse contexto, toda a musculatura que a envolve apresenta algum grau de contribuição na prevenção de dores nas costas.
Essa musculatura é chamada de CORE abdominal e é composta por 29 músculos, resumidamente, caracterizada pelas musculaturas lombar, abdominal e pélvica. Os músculos são: transverso abdominal, oblíquo interno e externo, multífidus, eretor da espinha, ílio-psoas, bíceps femoral, adutor, glúteo máximo e reto abdominal.
A dor de origem muscular está muito a associada a:
A resposta natural da musculatura frente a qualquer situação de irritação é uma contratura, ou seja, a musculatura fica rígida, endurecida. Isso faz com que apareça dor e dificuldade para se virar na cama, para se levantar ou para se sentar, muitas vezes, com a sensação de que as pernas vão falhar e não vão conseguir sustentar o corpo.
Na avaliação médica, o paciente pode adotar uma postura alterada, encurvada para um dos lados ou para frente, chamada de postura antálgica (ou seja, uma postura que busque aliviar a dor). Essa posição tem por objetivo promover um relaxamento da musculatura acometida, aliviando a dor provocada pela movimentação.
O paciente apresentará teste positivos para dor, às vezes, com a dor difusa que acomete o dorso, os glúteos e as coxas. Porém, nesse tipo de quadro, não encontraremos déficit neurológico (perda de sensibilidade ou perda de força motora). É importante destacar a diferença entre dor e dificuldade para andar secundária à dor de uma perda de força que impossibilita o paciente de caminhar ou de realizar determinados movimentos, caracterizando o déficit neurológico. A dor, por mais que incomode e limite o paciente, não apresenta a mesma gravidade de casos com alteração neurológica.
Esse tipo de quadro pode durar de 3 a 6 dias ou até de 3 a 6 semanas, incomodando muito o paciente por todo esse período.
Os exames de imagem em quadro musculares não evidenciam alterações das estruturas ósseas e nas estruturas ligamentares da coluna e, dessa forma, muitas vezes são realizados sem necessidade.
O diagnóstico é, primariamente, clínico, através da avaliação do profissional.
A palpação de pontos gatilhos de dor, que são pontos específicos na parte das costas, costumam desencadear ou piorar a dor.
Os testes mais específicos para descartar desgastes dos discos, hérnia de disco, artrose da coluna ou estenoses do canal vertebral devem ser realizados para excluir a possibilidade de a dor não ser primariamente originada da musculatura.
Em casos específicos, como na presença dos chamados sinais de alarme, como febre, perda de peso, alterações no controle urinário, déficit neurológico (perda de força), dor noturna que faz o paciente despertar ou trauma, os exames de imagem são obrigatórios para investigar a causa da dor.
A base do tratamento envolve 4 pontos: medicação, repouso relativo e fisioterapia analgésica ou acupuntura no momento inicial.
Quando o quadro de dor está controlado, realizamos a retirada gradual das medicações, com retorno às atividades habituais e progressão da fisioterapia com atividades de alongamento e fortalecimento muscular
Quando falamos de fortalecimento muscular como opção de tratamento, é o grupo muscular do CORE a que costumamos nos referir. É sempre importante lembrar que o fortalecimento muscular deve ser contínuo, com o objetivo de manter um condicionamento adequado e reduzir a recorrência dos episódios de dor ou, quando ocorrerem, serem de resolução mais rápida e menor intensidade.
Sobre
Bem-vindo ao consultório do Dr. Guilherme Costa, ortopedista especialista em cirurgia da coluna vertebral com uma abordagem diferenciada e foco no bem-estar do paciente. Com uma sólida formação acadêmica em instituições de renome, traz consigo um vasto conhecimento aliado à experiência prática, garantindo um tratamento de excelência. Sua expertise é marcada pela aplicação de técnicas modernas e minimamente invasivas, visando não apenas tratar as condições ortopédicas, mas também minimizar o desconforto e o tempo de recuperação dos pacientes.
Além disso, o compromisso do Dr. Guilherme Costa com a atualização constante reflete-se em sua prática clínica, onde ele se mantém atualizado com os avanços mais recentes da cirurgia da coluna. Seu objetivo principal é oferecer um cuidado personalizado e eficaz, focado na busca do alívio das dores e na melhoria da qualidade de vida de cada paciente. Aqui, você encontrará um ambiente acolhedor e profissional, onde sua saúde e bem-estar são prioridade.
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