Dr. Guilherme Costa
A cirurgia de correção da escoliose idiopática do adolescente é um procedimento avançado destinado a corrigir deformidades significativas da coluna vertebral. Em geral, curvas acima de 40 a 45°, principalmente quando atreladas a potencial de aumento da curvatura (pacientes que ainda estão em fase de crescimento – o famoso estirão do crescimento) são fatores que levam a possibilidade de cirurgia para tratamento dessa condição. Este texto explora as indicações para o procedimento, o passo a passo da cirurgia, a recuperação pós-operatória, bem como os benefícios e riscos associados a essa intervenção complexa.
Indicações
A escoliose idiopática do adolescente é uma condição caracterizada pela curvatura anormal da coluna vertebral em um padrão tridimensional. A cirurgia de correção é indicada em casos em que a curvatura progride significativamente, causando deformidades marcantes, comprometendo a função respiratória, causando dor persistente ou afetando negativamente a qualidade de vida do paciente, mesmo após tentativas de tratamento conservador.
Antes da cirurgia, uma avaliação completa é realizada, incluindo exames de imagem detalhados, como radiografias, ressonância magnética e tomografias computadorizadas. Com base nessa avaliação, um plano cirúrgico personalizado é elaborado. A avaliação da flexibilidade da curva e a decisão de quais níveis devem ser abordados representam parte importante do sucesso da cirurgia.
O paciente é posicionado em decúbito ventral (de barriga para baixo) na mesa cirúrgica, visando facilitar o acesso à coluna vertebral e permitir a aplicação de técnicas avançadas de correção.
Incisões são feitas na região das costas, permitindo o acesso à coluna vertebral. Os tecidos moles são cuidadosamente afastados para expor as vértebras afetadas pela escoliose.
Parafusos e hastes são cuidadosamente posicionados nas vértebras ao longo da curva da escoliose. Essa fixação proporciona estabilidade à coluna vertebral e serve como base para a correção.
Em casos de curvas severas, osteotomias (remoção cirúrgica de partes da vértebra) podem ser realizadas para facilitar a correção. Além disso, liberações de tecidos moles podem ser feitas para permitir uma maior mobilidade e correção da curva.
A correção da curva é realizada por meio da manipulação cuidadosa das vértebras, utilizando técnicas específicas para endireitar a coluna vertebral e restaurar a altura adequada.
Enxertos ósseos, muitas vezes obtidos do próprio paciente, são colocados entre as vértebras para promover a fusão óssea e estabilidade a longo prazo. Em alguns casos, são utilizados dispositivos específicos para acelerar a fusão.
Após a conclusão da correção e fusão, as incisões são fechadas com suturas, e um curativo é aplicado. É posicionado um ou dois drenos portovacs que drenam o sangramento profundo para reduzir o risco de formação de hematomas.
Dr. Guilherme Costa
O tempo de recuperação pode variar, mas os pacientes geralmente permanecem hospitalizados por alguns dias (em média 4 a 5 dias). Os pacientes permanecem com um dreno, chamado de dreno portovac, com o objetivo evitar a formação de hematomas profundos no local da cirurgia. Esse dreno é removido no dia alta hospitalar.
A fisioterapia desempenha um papel crucial na recuperação, ajudando a fortalecer os músculos das costas e a otimizar a função da coluna vertebral. O retorno às atividades escolares pode ocorrer após aproximadamente 3 a 4 semanas. Atividades físicas mais leves e sem contato físico são liberas conforme progressão da fisioterapia, em geral após 3 a 4 meses.
Correção da Discrepância Vertebral: A cirurgia proporciona uma correção significativa da deformidade, restaurando a alinhamento da coluna vertebral.
Melhoria da Estética: Além dos benefícios funcionais, a cirurgia pode resultar em melhoria estética, reduzindo a curvatura visível da coluna.
Alívio da Dor: Muitos pacientes experimentam alívio substancial da dor associada à espondilolistese após o procedimento, principalmente as compressões neurológicas.
Restauração da Estabilidade: A fixação e fusão óssea proporcionam estabilidade duradoura à coluna vertebral, prevenindo a progressão da deformidade.
Riscos
Como em qualquer cirurgia, existem riscos de complicações, incluindo infecção, sangramento e reações à anestesia. Para reduzir os riscos de infecção, são utilizados antibióticos durante toda a internação e após a alta hospitalar. Para redução do sangramento, a técnica cirúrgica aprimorada junto com uma hemostasia (coagulação) adequada reduzem esse risco. A transfusão de sangue pode ser necessária durante a cirurgia ou nos dias seguintes, sendo realizado conforme necessário. Reações alérgicas ou às medicações anestésicas tem seu risco reduzido através da investigação do histórico de alergias.
A falha na fusão óssea (pseudoartrose) é uma complicação possível que pode exigir revisão cirúrgica. Com a técnica adequada, esse risco é bastante baixo.
Lesões Nervosas: Dada a complexidade do procedimento, há um risco mínimo de lesões nervosas, embora seja raro com uma técnica cuidadosa. Toda cirurgia para correção da cifose de escoliose exige a utilização da monitorização neurofisiológica, que controla a função dos nervos durante todo o procedimento. A monitorização é parte importante da segurança durante as manobras para correção da curvatura, sendo essa etapa feita com pequenas correções intervaladas com testes para controle da função dos nervos para garantir a segurança e proteção.
A cirurgia de correção da escoliose idiopática do adolescente é uma abordagem eficaz para tratar deformidades significativas da coluna vertebral. No entanto, é fundamental que os pacientes discutam detalhadamente com seu ortopedista sobre as indicações específicas, benefícios e riscos antes de optarem por esse procedimento, garantindo uma tomada de decisão informada e personalizada.
Sobre
Bem-vindo ao consultório do Dr. Guilherme Costa, ortopedista especialista em cirurgia da coluna vertebral com uma abordagem diferenciada e foco no bem-estar do paciente. Com uma sólida formação acadêmica em instituições de renome, traz consigo um vasto conhecimento aliado à experiência prática, garantindo um tratamento de excelência. Sua expertise é marcada pela aplicação de técnicas modernas e minimamente invasivas, visando não apenas tratar as condições ortopédicas, mas também minimizar o desconforto e o tempo de recuperação dos pacientes.
Além disso, o compromisso do Dr. Guilherme Costa com a atualização constante reflete-se em sua prática clínica, onde ele se mantém atualizado com os avanços mais recentes da cirurgia da coluna. Seu objetivo principal é oferecer um cuidado personalizado e eficaz, focado na busca do alívio das dores e na melhoria da qualidade de vida de cada paciente. Aqui, você encontrará um ambiente acolhedor e profissional, onde sua saúde e bem-estar são prioridade.
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