(Anti-inflamatório + Analgésico + Relaxante muscular): para que serve, riscos e quando procurar um especialista em coluna

Você já tomou algum desses compostos medicamentosos com múltiplos componentes (os mais comuns com a mistura de anti-inflamatório, analgésico e relaxante muscular) para aliviar uma dor nas costas e sentiu melhora rápida?
Pois é, esses são um dos medicamentos mais usados no Brasil para tratar dores musculares e inflamações, mas o que poucos sabem é que ele não trata a causa do problema — apenas mascara os sintomas por um tempo.

E é justamente aí que mora o perigo.

Neste artigo, o Dr. Guilherme Costa, ortopedista especialista em coluna, explica para que serve esse tipo de medicação, quando ele pode ser indicado e por que o uso frequente sem acompanhamento médico pode trazer riscos sérios à saúde da coluna e das articulações.

O que são essas medicações e para que serve

Essas medicações são um composto de anti-inflamatório, analgésico e relaxante muscular, usado no tratamento de dores musculares, inflamações e contraturas.
Ele é composto por três ou quatro substâncias ativas:

  • Relaxante muscular que reduz a tensão;
  • Anti-inflamatório que diminui a dor e o inchaço;
  • Analgésico e antipirético;
  • Cafeína (presente em alguns desses compostos): ajuda a potencializar o efeito analgésico e reduz a sonolência.

Em resumo, essas medicações atuam nos sintomas da dor, oferecendo alívio rápido — mas sem tratar a causa da dor lombar, cervical ou muscular. Por vezes, essas medicações trazem apenas um alívio parcial, tendo em vista que são compostos de doses reduzidas para que comporte tudo em um só comprimido.

O uso frequente pode ser perigoso

É comum o paciente usar essas medicações por conta própria quando sente dor nas costas, no pescoço ou após treinos intensos.
O problema é que esse alívio é temporário.

Enquanto o remédio mascara o sintoma, a causa da dor pode estar evoluindo silenciosamente, especialmente se for algo relacionado à hérnia de disco, artrose lombar ou cervical, protusão ou abaulamento discal ou contraturas musculares recorrentes.

Além disso, o uso contínuo sem acompanhamento médico pode causar:

  • Irritação gástrica, gastrite ou úlceras;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Lesão renal ou hepática (pelo uso prolongado de anti-inflamatórios);
  • Dependência do efeito analgésico.

São medicações como opção de emergência — não um tratamento.

A verdadeira causa da dor deve ser investigada

Segundo o Dr. Guilherme Costa, a maioria das dores nas costas e pescoço não surge “do nada”.
Elas são resultado de desalinhamentos posturais, hérnias discais, desgaste articular ou compressão nervosa — problemas que não melhoram apenas com remédio.

Por isso, é fundamental investigar com exames adequados (como ressonância magnética e avaliação física detalhada) para identificar a origem real da dor.
Só assim é possível tratar o problema de forma eficaz e duradoura.

O que fazer ao invés de se automedicar

Se a dor persistir por mais de alguns dias, procure um especialista.
Um ortopedista especialista em coluna pode orientar um tratamento personalizado, que pode incluir:

  • Fisioterapia e reabilitação muscular;
  • Correção postural e fortalecimento do core;
  • Tratamentos minimamente invasivos (como infiltrações guiadas por imagem);
  • Cirurgia endoscópica da coluna, em casos específicos.

Essas abordagens tratam a causa da dor, e não apenas o sintoma — o que evita recaídas e o uso repetido desse tipo de medicamento.

Dr. Guilherme Costa

Ortopedia e Traumatologia
Cirurgia de Coluna

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