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Tratamento Cirúrgico da Estenose do Canal Vertebral Cervical e Lombar

Dr. Guilherme Costa

Restaurando a Amplitude e Aliviando a Compressão Nervosa

Indicações:

A estenose do canal vertebral cervical e lombar é uma condição na qual o canal que envolve a medula espinhal se estreita, muitas vezes causando compressão dos nervos. O tratamento cirúrgico é indicado quando a estenose é sintomática, resultando em dor persistentefraqueza, formigamento, e quando abordagens conservadoras não proporcionam alívio adequado. 

Procedimento

Passo 1: Avaliação e Diagnóstico

Antes do procedimento, uma avaliação abrangente é realizada, incluindo exames de imagem, como radiografias, ressonância magnética e tomografia computadorizada, para avaliar a extensão da estenose, avaliar presença de lesões medulares compressivas (mielopatia espondilótica) e planejar a intervenção cirúrgica. 

Ressonância magnética da coluna cervical evidenciando lesão medular por compressão. O local da mielopatia é o ponto branco que aparece no cordão cinza (medular espinhal) na área onde há um estreitamento, posterior ao corpo vertebral de C5.

Ressonância magnética da coluna lombar com vista lateral (perfil) evidenciando compressão do canal no nível L45, onde ocorre um abaulamento do disco que empurra os nervos para trás. Os quadrados cinzas são as vértebras, entre eles ficam os discos que são essas pastilhas cinzas claro nos níveis mais altos (discos normais) e de coloração preta nos dois últimos níveis (L45 e L5S1). 

Ressonância magnética da coluna lombar com vista axial (visão de cima para baixo) evidenciando compressão do canal no nível L45 (imagem à direita), onde ocorre um abaulamento do disco que empurra os nervos para trás e espessamento dos ligamentos amarelos que contribuem para o estreitamento do canal. À esquerda é mostrado o nível L5S1, onde há um abaulamento, mas sem compressão absoluta do canal vertebral. 

Ressonância magnética da coluna cervical evidenciando compressão no nível C56. Apesar da compressão medular, a medula ainda não apresenta sinais de mielopatia compressiva (situação ideal para a cirurgia, com objetivo de prevenir o surgimento da lesão com a compressão continuada da medula pela hérnia de disco) 

Passo 2: Posicionamento do Paciente

O paciente é posicionado de maneira específica na mesa cirúrgica, visando facilitar o acesso à área afetada da coluna vertebral. A depender da técnica cirúrgica, o paciente pode ser posicionado em decúbito ventral (de barriga para baixo) ou decúbito dorsal (de barriga para cima). 

Passo 3: Incisão e Exposição Cirúrgica

Uma incisão é feita na região cervical ou lombar, dependendo da localização da estenose. Os tecidos moles são delicadamente afastados para expor as estruturas ósseas e nervosas. 

Passo 4: Descompressão Neural

Para aliviar a compressão nervosa, as estruturas responsáveis pela estenose, como esporões ósseos (os famosos bicos de papagaio), ligamentos espessados (hipertrofia do ligamento amarelo), artrose (hipertrofia facetaria) ou herniações discais, são removidas cirurgicamente. Isso cria espaço adicional para os nervos, aliviando os sintomas. 

Com técnicas cirúrgicas modernas e minimamente invasivas, é possível hoje se realizar esse tipo de cirurgia através de uma câmera de vídeo (chamado de endoscopia de coluna) 

Passo 5: Estabilização (Opcional)

Em alguns casos, especialmente se houver instabilidade na coluna após a descompressão (algumas características presentes nos exames de imagem são sugestivas de instabilidade, às quais o cirurgião deve estar atento para indicar a estabilização quando preciso), pode ser necessário realizar procedimentos para estabilizar a área (chamado de artrodese). Isso pode envolver a fusão vertebral, utilizando enxertos ósseos e instrumentação específica. 

Passo 6: Fechamento da Incisão

Após a conclusão da descompressão e, se necessário, da estabilização, a incisão é fechada com suturas. Em cirurgias abertas, normalmente é deixado um dreno para evitar a formação de hematoma profundo, que é retirado no dia da alta hospitalar. 

Dr. Guilherme Costa

Recuperação
Pós-Operatória

O tempo de recuperação varia, mas os pacientes geralmente permanecem hospitalizados por alguns dias nas cirurgias abertas / convencionais (em média de 3 a 5 dias). Nas cirurgias por vídeo, muitas vezes é possível liberar o paciente para casa no dia seguinte à cirurgia. O retorno às atividades laborais leves pode ocorrer após aproximadamente 2 a 4 semanas, enquanto atividades físicas mais intensas são gradualmente reintroduzidas ao longo de vários meses (em média de 3 a 4 meses). A fisioterapia desempenha um papel crucial na recuperação, auxiliando na mobilidade e fortalecimento da musculatura ao redor da coluna. 

A fisioterapia desempenha um papel crucial na recuperação, ajudando a fortalecer os músculos das costas e a otimizar a função da coluna vertebral. O retorno às atividades laborais leves pode ocorrer após aproximadamente 6 a 8 semanas, enquanto atividades físicas mais intensas são gradualmente reintroduzidas ao longo de vários meses. 

Benefícios

Alívio dos Sintomas: A cirurgia proporciona alívio significativo dos sintomas associados à compressão nervosa, como dor, fraqueza e formigamento. 

Restauração da Amplitude: Ao descomprimir o canal vertebral, a cirurgia permite uma maior amplitude de movimento (visto que não ocorre mais compressão dos nervos) e melhoria na função neurológica. 

Estabilização (se aplicável): Em casos de instabilidade, a estabilização cirúrgica pode prevenir futuros problemas e promover a integração óssea. 

Riscos

Complicações Gerais

Como em qualquer cirurgia, existem riscos de complicações, incluindo infecção, sangramento e reações à anestesia. 

Lesão Nervosa: Existe um risco mínimo de lesão nervosa durante a cirurgia, embora seja raro com uma técnica cuidadosa. 

Pseudoartrose (se estabilização realizada): A falha na fusão óssea pode ocorrer, exigindo revisão cirúrgica. A técnica adequada para fornecer estabilização e ofertar substrato para a adequada fusão óssea reduz esse risco, que é incomum de acontecer. 

O tratamento cirúrgico da estenose do canal vertebral cervical e lombar é uma abordagem eficaz para aliviar sintomas incapacitantes e melhorar a qualidade de vida. No entanto, a decisão pela cirurgia deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa da condição e discussão detalhada entre o paciente e o ortopedista, considerando as indicações específicas, benefícios e riscos. 

Sobre

Dr. Guilherme Costa​

Ortopedista especialista em cirurgia de coluna
CRM-SP: 167.997 / TEOT 16.491 / RQE 80.813

Bem-vindo ao consultório do Dr. Guilherme Costa, ortopedista especialista em cirurgia da coluna vertebral com uma abordagem diferenciada e foco no bem-estar do paciente. Com uma sólida formação acadêmica em instituições de renome, traz consigo um vasto conhecimento aliado à experiência prática, garantindo um tratamento de excelência. Sua expertise é marcada pela aplicação de técnicas modernas e minimamente invasivas, visando não apenas tratar as condições ortopédicas, mas também minimizar o desconforto e o tempo de recuperação dos pacientes.

Além disso, o compromisso do Dr. Guilherme Costa com a atualização constante reflete-se em sua prática clínica, onde ele se mantém atualizado com os avanços mais recentes da cirurgia da coluna. Seu objetivo principal é oferecer um cuidado personalizado e eficaz, focado na busca do alívio das dores e na melhoria da qualidade de vida de cada paciente. Aqui, você encontrará um ambiente acolhedor e profissional, onde sua saúde e bem-estar são prioridade.